segunda-feira, 9 de março de 2009

A tua noite, o teu livro

Amiga, achei importante, tanto para mim como para ti, deixar-te aqui a minha versão da noite. Da tua noite. Vou-te confessar que a minha disposição era escassa, sexta foi uma noite que se prolongou mais que o pretendido, dormi pouco e o cansaço era inevitável, quando quis parar um bocado para ver se dormia, já tu me mandavas mensagens, já tu me esperavas. Cheguei tarde por ir a pé, fui sozinha, mas em nenhum momento vacilei ou pensei duas vezes. O meu dever era vender os livros, mas rapidamente arranjaste quem me substituí-se, de certa forma obrigada, tentação muito grande ter tanto dinheiro no bolso num sábado à noite (como é obvio estou a brincar). Achei particularmente engraçado confiares tal tarefa ao Fênix, ao fim e ao cabo tinhas acabado de o conhecer, gostei dele, gostei de conhecer quem se escondia atrás de outros blogues que me entretinham, não sei se eu viria de numa terrinha afastada a um lançamento de um livro cuja autora apenas conhecida pelo seu blogue. É preciso certa coragem para nos infiltrarmos assim num meio. Como pretendias senti-me no meu habitat, não houve olhares de canto, nem pessoas indesejáveis, apoderei-me do champagne, sinceramente nem gosto muito mas o nervosismo na barriga crescia já que tencionava ler o teu texto das “Hormonas”, texto esse que não cheguei a ensaiar, o que não implica que não soubesse ler. Quando me disseste que não dava tempo era suposto sentir-me aliviada, mas não, fiquei mais desconsolada. Como fui para lá sozinha, sentia-me um bocado perdida, por isso, à primeira boleia que surgiu vi-me embora. Sabes que este nosso amigo, o que não me quis levar lá, também não se disponibilizou a trazer-me e olha que ambos fomos parar ao mesmo sitio! Do jantar gostei, gostei muito, achei-o um bocado dividido, houve quem classifica-se logo os grupinhos, o que me deu muita vontade de rir. Já para não falar do peixinho, que estava óptimo! Estou segura de que o segredo se encontrava no molho.

E logo a seguir ao jantar, já não houve fome para a sobremesa, cansei-me um bocado de lá estar tanto tempo, por estar ansiosa ou apática. De todas as formas a ti, vi-te nas tuas sete quintas, acho que nem sabias muito bem com quem falar, por estar tanta gente à que tens tanto a dizer. Achei certas personagens do jantar deveras curiosas, e a muitas olhava e me perguntava “que tem este para ser seu amigo?” Mas como não se deve julgar ninguém pela aparência, acho que me comportei muito bem para quem se dedicou à bebida finalizando o tal peixinho delicioso.

Depois andei desaparecida, fomos ate outro lado, e ao chegar a Braga novamente voltamo-nos a encontrar. Andavas eufórica, como te conheci, sabes, aquela criaturinha loira, da que tu não gostas, vou-te confessar que também não vou muito com a cara dela, simplesmente é daquelas pessoas com as quais obrigatoriamente me tenho de relacionar e prefiro dar-me bem do que mal. A sua constante preocupação com as unhas, ou o top é deveras cansativa, já para não referir que tem o odioso costume de se empoleirar (literalmente) em quem não deve, mas cheguei a uma conclusão sobre ela, a caminho de casa viemos a discutir sobre ela e chegámos à conclusão de que a miúda simplesmente é carente. Coitada.

E sobre o teu livro, gostaria de te dizer algo que ainda não tenha dito ninguém, mas deduzo que “vai ser o primeiro de muitos” e “felicidades” tenha sido do que mais ouviste ao longo da tua noite.

Um beijo grande

A de 18

1 comentário:

  1. Eu como já postei, repito, gostei imenso sim!

    A tarefa realmente dos livros, ficas a dever me, até porque nem toquei no champanhe e não foi por falta de dinheiro no bolso acredita :)

    Gostei de tudo o que rodeou o lançamento, confesso que me senti um pouco "á parte", não era para menos pois não conhecia ninguem mesmo, gostei de te conhecer.... Pelo pouco que falamos infelizmente deu para ver muito de ti.

    Um beijo....

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